terça-feira, 7 de julho de 2009

Cabeça magra X Cabeça gorda!!!


Comi um pedaço de bolo no trabalho. Era aniversário de uma colega. De cara pensei "está tudo perdido!" "Vou estragar minha dieta!". Saí do escritório, passei em um Supermercado e comprei doces e sorvetes. Afinal, "perdido por um..." Em casa, devorei tudo isso e muito mais. Dor, culpa, arrependimento e... mais comida. Final de mais uma dieta!" Mais uma frustração, auto-estima lá em baixo! (Depoimento de Maria Lucia, 28 anos)".

Esse relato revela o lado "gordo" de nossa amiga. Sua forma distorcida de avaliar a realidade a levou a ter uma atitude negativa em relação a seu peso e à alimentação. Com certeza, no escritório, todos os colegas comeram uma fatia de bolo. Os de "cabeça magra" voltaram a seu trabalho e não pensaram mais no assunto. Nem ficaram planejando "compensar" o bolo na hora do jantar . Cada qual voltou para sua casa e tocou sua vida.

Já para Maria Lúcia, comer um pedaço de bolo provocou pensamentos automáticos distorcidos, do tipo "está tudo perdido", "estraguei tudo" , por causa de experiências passadas. Foi por causa desses pensamentos que ela acabou se sentindo culpada e perdeu o controle.

Esse tipo de comportamento acaba se tornando automático . E Maria Lucia se comporta assim sem perceber. Aceita, sem qualquer contestação, pensamentos distorcidos como verdadeiros sem se dar conta. Enquanto ela não aprender a "desmontar" esse comportamento, será refém de situações desse tipo. Lembre-se, pensamentos distorcidos geram comportamentos distorcidos e refletem crenças errôneas.

Mas, como desmoronar esse ciclo vicioso? Maria Lucia precisa estar atenta aos primeiros sinais de que a coisa vai acontecer. Para isso deve avaliar como os pensamentos acontecem , perguntando: "O que estou pensando agora?" , "O que se passa em minha mente?" E daí questioná-los. "SERÁ que realmente estraguei tudo? Como posso justificar isso? Bem, comi um pedaço de bolo e acrescentei algumas calorias à minha dieta HOJE, mas, se eu parar agora, não terei estragado nada!" Pronto! Estamos começando a quebrar um jeito de agir e pensar que faz mal. Assim, questionando os pensamentos negativos, podemos aos poucos substitui-los por outros mais lógicos e que podem gerar atitudes mais equilibrados. Entenda: se não me sinto culpado de ter comido um pedaço de bolo, se compreendo que isso não é o caos, posso evitar o ataque de comer.

É a sensação de falta de controle que leva à culpa, que gera ansiedade, que leva à comida e à sensação de falta de controle, que leva de novo à culpa, à ansiedade ...

Temos de romper esse ciclo. No começo do "desmanche" desse comportamento preocupe-se com o processo, não com o resultado. Este virá como conseqüência. Encare os erros como oportunidade de aprendizado, não como fracassos.

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